quarta-feira, 1 de junho de 2011

NÂO À INSTALAÇÂO DE USINA NUCLEAR NO ALTO TIETÊ

Fonte da imagem: http://www.infobibos.com/Artigos/2007_3/Tiete/index.htm

24.mar.2011    
Sinal de alerta

Não bastasse o fantasma do lixão, outra ameaça paira sobre a Bacia do Alto Tietê. Agora, a Região pode estar incluída no atlas dos sítios brasileiros passíveis de abrigarem uma usina nuclear.

Até 2030, o Plano Nuclear Brasileiro prevê a instalação de quatro usinas nucleares no País, que se juntarão às três em atividade em Angra dos Reis. Em 2008, o então ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, apontou o Alto Tietê como promissor endereço de uma das duas bases previstas para o País.

Mesmo com uma confortável situação na geração de energia em sua rede de centrais hidrelétricas, o ritmo acelerado do crescimento do País força a busca por novas fontes energéticas – hoje, o consumo brasileiro equivale a apenas 20% do que é utilizado por países mais avançados.

Logo depois das declarações do ministro Sérgio Rezende, quase três anos atrás, sempre que inquirido, o governo federal vem protelando uma resposta, em função da complexidade de um projeto como este e da elaboração do atlas, um amplo estudo que deverá apontar onde as tais usinas têm condições de ser implantadas.

São fatores para a exclusão de algumas regiões situações como a proximidade com grandes centros habitados e a presença de aquíferos: a água é um dos bens naturais com maior potencial de contaminação radioativa, em casos de acidentes, como os que infelizmente ocorrem no Japão.

A existência do Aquífero Guarani é um argumento favorável à exclusão da Região do Alto Tietê dos planos do governo federal.

Apesar disso, há de se levar em conta a possibilidade aventada pelo ex-ministro no passado.

Nenhuma cidade em sã consciência há de querer a instalação de uma usina em suas cercanias. Os exemplos da história, em especial, os mais recentes deles, em Fukushima, revelam o grau de periculosidade de uma base nuclear e a incapacidade do homem em prever e prevenir tais ocorrências.

Os riscos de acidentes são evidentes e os especialistas não têm conseguido, apesar de toda a sorte dos avanços tecnológicos, excluí-los em definitivo. Eis a realidade.

O drama japonês provoca novas reflexões sobre o Plano Nuclear Brasileiro. De novo, a ciência tem apontado caminhos seguros e mais econômicos, como a geração de energia por fontes eólicas e hidráulicas.

Diante das possibilidades, ainda que remotas, a Região e principalmente os cinco deputados federais com cadeira na Câmara, em Brasília, precisam redobrar a vigilância sobre o assunto.

É preciso cortar esse mal já na raiz, para não se ver repetida a fantasmagórica história do aterro sanitário pretendido pela empreiteira Queiroz Galvão, que muito bem poderia ter sido ceifado antes mesmo de seu nascimento, em 2003, quando chegaram à Prefeitura de Mogi as primeiras proposituras para a instalação do lixão.


Fonte: http://www.odiariodemogi.inf.br/editorial/noticia_view.asp?mat=28590&edit=14

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