segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Arqfine Sustentável no BedZed








Objetivos do BEDZED

• Eliminar as emissões de carbono por consumo de energia
• Reduzir o uso de eletricidade em 33% em relação à média do Reino Unido (14 kWh/pessoa/dia)
• Reduzir em 33% o uso do sistema de aquecimento em relação à média do Reino Unido (14,1 kWh doméstico/dia)
• Reduzir em 33% o uso de água em comparação à média do Reino Unido (150 litros/pessoa/dia)
• Reduzir o uso de combustível fóssil por carros em 50%
 

Resultados


 • Redução das emissões de CO2 em 56% (em comparação com a média local)
• Redução de 45% no uso de energia elétrica (em comparação com a média local)
• Redução de 81% no consumo de energia para aquecimento
• Redução de 58% no consumo de água (em comparação com a média nacional), equivalente a 72 litros/pessoa/dia
• Redução de 64% nos quilômetros rodados de carro (em relação à média nacional)
• Reciclagem de 60% dos resíduos
• Consumo de alimentos orgânicos por parte de 86% dos moradore

Instituições envolvidas

• BioRegional Development Group
• Bill Dunster Architects
• Peabody Trust
• Arup
• Consultores Gardiner e Theobald

Fontes

http://www.bioregional.com/what-we-do/our-work/bedzed/
http://sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/bedzed-promoting-green-living
http://www.bioregional.com/files/publications/BedZED_seven_years_on.pdf

BedZed: Um bairro que é exemplo de sustentabilidade urbana

Mais um exemplo de que é possível promover a ocupação dos espaços urbanos de um modo planejado e mais que isto, sustentável. Esta experiência bem sucedida, iniciada em 2002, apresenta soluções relativamente simples, cuja implementação não representa custo astronômico, e como poderá se ver no artigo, tem produzido benefícios não só no aspecto ambiental, como no social.
Nada mais coerente em um mundo preocupado com o aquecimento global do que condomínios pensados desde a construção em causar menos impacto ao meio ambiente. No Reino Unido, o BedZED, ou Beddington Zero Energy Development (Empreendimento de Energia Zero), é o modelo líder em sustentabilidade urbana. Desenvolvido pela maior incorporadora inglesa, a Peabody Trust, em conjunto com um grupo especialista em meio ambiente chamado BioRegional, o BedZED foi desenhado e concebido pelo arquiteto Bill Dunster.
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O sucesso é tanto que o grupo de arquitetos tem feito projetos para vários outros países, como China, Portugal e França. “Todos têm zero ou baixa emissão de carbono, mostrando ser rentável e moderno viver de forma ecológica em qualquer parte da Terra”, diz Erika Rees, do time de arquitetos.
O bairro começou a ser habitado desde 2002, seguindo uma filosofia de composição heterogênea dos seus residentes: cerca de 1/3 dos habitantes pertence às classes mais desfavorecidas, 1/3 pertence à classe média e o outro terço à classe alta, entre os quais se encontram alguns dos que projetaram e financiaram o BedZED. Os resultados têm sido muito bons, com as populações mais carentes se integrando totalmente na vida social e à filosofia ecológica do bairro.
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Desde o começo, o empreendimento londrino foi feito como manda a cartilha da sustentabilidade: com material de construção comprado perto da área a ser erguida, uso de materiais reciclados e mão-de-obra local. “Não existe diferença entre esse projeto e uma casa normal. A não ser pela vontade de fazer assim”, frisa o próprio Bill Dunster.
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Hoje, 220 pessoas vivem nas 100 unidades do condomínio, localizado em Sutton, a 20 minutos de trem de Londres. Inicialmente eram 82 apartamentos e os demais eram escritórios. A idéia de trabalhar ali, contudo, parece não ter sido tão aprovada no dia-a-dia e logo os escritórios se converteram em novas moradias, de um a quatro dormitórios. “Embora à primeira vista não se note muita diferença com relação às casas comuns, com um pouco mais de atenção, começamos a reparar nos detalhes que tornam única essa ecovila”, comenta Mathew Sullivan, o guia responsável por explicar os princípios do empreendimento aos incansáveis visitantes. Mais uma prova de que o interesse por moradias sustentáveis cresce.
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O sistema está baseado em técnicas simples e comprovadas para minimizar o consumo de energia. A Inglaterra tem um inverno rigoroso e todas as casas pedem aquecimento, o que representa um alto consumo de energia e gastos mensais. Nesta vila, as casas foram construídas para se manter a 18 ºC. Os materiais usados na construção, principalmente nas paredes, conservam e liberam vagarosamente o calor. As paredes foram feitas com isolantes térmicos entre duas camadas de concreto. Outra forma de aquecimento vem do uso da casa. Forno, TV, pessoas – tudo libera uma quantidade de calor, que, em vez de ser desperdiçada, fica retida por um supersistema de isolamento.
No verão, basta abrir as janelas para o ar circular. E os grandes e coloridos ventiladores que se vêem nos telhados mantêm uma circulação inteligente (refrescam no verão e usam a pressão do vento para intensificar o aquecimento no inverno).
Com essas técnicas, o consumo de energia para aquecimento é somente 10% do que gasta uma casa normal. O que se usa vem de fontes renováveis, proporcionando energia “neutro-carbono”. Como? Dentro do condomínio, uma unidade abastecida por refugos de madeira fornece a energia elétrica para todos os apartamentos. O calor desse processo gera água quente. Falando em água, a coleta das chuvas utilizando os telhados é usada para a descarga nos banheiros. Essa medida e outras, como máquina de lavar roupa com baixo uso de água e sistemas de descarga reguláveis nos vasos sanitários, fazem com que a média de uso de água no BedZED seja de 60 litros por dia por pessoa. Para ter uma idéia da diferença, no Reino Unido o gasto médio por pessoa é de 150 litros.

Resumo das vantagens

Menos impacto ao meio ambiente, menores gastos de água, luz e gás. No condomínio londrino, há ainda outros atrativos. Um quarto das residências é subsidiado pelo governo britânico, fornecendo casa a quem não tem condições financeiras. Outro quarto delas é destinado ao que se chama de social workers, ou profissionais indispensáveis para uma boa comunidade, como professores, médicos, bombeiros etc. (eles conseguem preços bem mais acessíveis para as moradias).
A metade das residências, vale dizer, interessou pela possibilidade de um bom investimento, por se tratar de um conceito novo e promissor. Custaram em torno de 15% mais que a média da região. Um apartamento de dois quartos, por exemplo, sai por volta de 250 mil libras, ou 875 mil reais. (O mercado imobiliário inglês é um dos mais caros do mundo.) Nesse momento, não há unidade à venda, mas uma fila de pessoas em espera indica que, caso alguém deixe o local, a venda será imediata.

Clube do carro

Atualmente, 49% dos moradores fazem uso da bicicleta como meio de transporte. O trem, um hábito cultural na Inglaterra, também é bastante utilizado. Há ainda sistemas de abastecimento elétrico para veículos e um Clube do Carro. O morador se inscreve e recebe um cartão. A partir daí, agenda o carro quando precisa (há estacionamentos em vários pontos da cidade), utiliza e devolve no estacionamento, pagando de acordo com o tempo de uso.
Embora qualquer pessoa possa ser membro, os moradores do BedZED tiveram incentivo inicial para pagar uma anuidade mais barata.
Esse mundo particular só cresce. Os arquitetos já divulgam as casas pré-fabricadas dentro desse conceito. O Rural ZED (www.ruralzed.com), como foi batizado, permite comprar uma casa completa como se fosse um kit ZED a ser instalado em seu terreno.
E estão para ser lançados novos empreendimentos: o One Brighton, o Riverside One, com 750 residências, além de hotel, cafés, escritórios e lojas, e o One Gallions, com 260 apartamentos. Todos com a bandeira do zero carbono.
Fonte: Lufe Gomes para a Revista Bons Fluidos (Posted on 22.12.2008 by Xico Lopes)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Petição para proteção de Abrolhos


Diga não à exploração de petróleo em Abrolhos (BA), o lar das baleias Jubarte e um dos arquipélagos mais importantes da biodiversidade marinha do Atlântico Sul.



Programa cobra de candidatos compromissos com a sustentabilidade


Com base em doze temas (veja abaixo) e mais de 400 indicadores, a Rede Nossa São Paulo*, a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis* e o Instituto Ethos*, com apoio da Fundação Avina*, lançaram oficialmente o Programa Cidades Sustentáveis*, nesta sexta-feira (19), em São Paulo. A iniciativa ainda inclui cases de projetos bem-sucedidos em diferentes cidades pelo mundo, como exemplos de aplicação prática das propostas. A plataforma foi baseada no pacto político de Aalborg, na Dinamarca, com metas de desenvolvimento sustentável, que já tem a adesão de 650 municípios europeus.

Os temas são os seguintes:
1. Governança;
2. Bens naturais comuns;
3. Equidade, justiça social e cultura de paz;
4. Gestão local para a sustentabilidade;
5. Planejamento e desenho urbano;
6. Cultura para a sustentabilidade;
7. Educação para a sustentabilidade e qualidade de vida;
8. Economia local dinâmica, criativa e sustentável;
9. Consumo responsável e opções de estilo de vida;
10. Melhor mobilidade, menos tráfego;
11. Ação local para a saúde; e
12. Do local para o global.

Nesses tópicos, alguns dos indicadores considerados prioritários são relacionados à área verde por habitante, percentual de área desmatada, concentrações de GEEs - Gases de Efeito Estufa, acesso a rede de esgoto, além de compras públicas sustentáveis, eficiência energética, inclusão de catadores no sistema de coleta seletiva, adoção de ciclovias e corredores de ônibus exclusivos. A saúde tem também destaque por meio das taxas de doenças de veiculação hídrica e mortalidade por doenças respiratórias e circulatórias, também coligadas à poluição e às mudanças climáticas.

EXEMPLOS PELO MUNDO
Entre as experiências mundiais foram selecionadas, por exemplo, o orçamento participativo adotado na cidade de Porto Alegre e o documento publicado em 2002 pelo governo londrino, sobre a pegada ecológica local. Os dados revelavam que os maiores consumos são relacionados a alimentos, materiais e resíduos. A capital do Reino Unido mantém também outro projeto, que incentiva, até o ano que vem, a criação de 2012 hortas em locais urbanos inutilizados até telhados de edifícios.

Com relação à mobilidade, um dos casos destacados é da cidade de Bogotá, na Colômbia, que começou a transformar seu sistema de transporte, a partir de 1998: foram construídos mais de 300 km de ciclovias. Já em Tóquio, no Japão, o destaque ficou por conta da redução da taxa de vazamentos nos sistemas de água a 3,6%, em 2006.

Segundo Maurício Broinizi, secretário-executivo da Rede Nossa São Paulo, a proposta é intensificar a campanha para que os candidatos às Eleições em 2012 assinem cartas-compromissos para atender, pelo menos, os 100 princípios básicos. "A meta é que, a cada dois anos, os prefeitos eleitos realizem audiências públicas e prestação de contas a respeito do cumprimento e do não-cumprimento; neste caso, com justificativas à sociedade".

Até 2013, o plano de mobilização deverá ser intensificado por campanhas que sensibilizem e mobilizem prefeitos, partidos políticos, câmaras municipais e eleitores para valorizarem os candidatos comprometidos com o Programa.

Fonte: Planeta Sustentável

Conheça, participe e divulgue a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eike Batista inaugura primeira usina solar comercial do Brasil

A usina conta com 4.680 painéis, distribuídos por seus 12 mil metros quadrados. | Imagem: Divulgação MPX

A empresa EBX, do magnata Eike Batista, inaugurou nesta quinta-feira (4) a primeira usina solar do Brasil a produzir energia em escala comercial. A construção está instalada na cidade de Tauá, no Ceará, e tem capacidade para produzir um megawatt.

A MPX Tauá, como é conhecida a usina, irá fornecer energia suficiente para abastecer 1,5 mil famílias, mas o intuito da empresa é que esse potencial aumente mais de três vezes, em breve. A expansão já foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além disso, a  expectativa é de que a usina gere nove mil empregos diretos.

A usina conta com 4.680 painéis, distribuídos por seus 12 mil metros quadrados. O local para a construção foi escolhido por suas condições meteorológicas favoráveis e também pelo incentivo dado pelo governo cearense, que criou o Fundo de Incentivo à Energia Solar.

Par adquirir os custos totais da construção, R$ 10 milhões de reais, a empresa contou também com um apoio financeiro do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID).

Para a produção de energia a empresa utiliza painéis solares fabricados pela empresa japonesa Kyocera, que transformam a energia do sol em eletricidade, que posteriormente é encaminhada à distribuidora de energia Coelce, do Ceará. Com informações do G1.

Redação CicloVivo
Postado em 04/08/2011 às 11h00

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Empresa de Londres 2012 fará Parque Olímpico do Rio


O projeto básico dos Parques Olímpicos dos Jogos Londres 2012 e Rio 2016 terá a mesma assinatura, após o escritório londrino da Aecom ter sido anunciado nesta sexta-feira como o vencedor do concurso internacional para o plano geral urbanístico do complexo esportivo carioca. O local, que tem 1.180.000 metros quadrados, será palco da disputa de 15 modalidades olímpicas e 11 paraolímpicas.

– Aproveitamos a experiência no projeto de Londres e a adaptamos às características do Rio – disse Adan Williams, diretor da Aecom,  que trabalhou no projeto sob a coordenação de Bill Hanway.

Pela vitória, os ingleses receberam R$ 100 mil e deixaram no segundo e terceiro lugares, escritórios dos Estados Unidos e Portugal, respectivamente. O passo seguinte será o desenvolvimento do projeto, já que o plano básico tem por função prever, por exemplo, onde serão instaladas e quais serão os tamanhos das arenas esportivas do Parque Olímpico.

– Tinha de ser um excepcional projeto durante os Jogos e para depois deles. E eles conseguiram isso, com um desenho urbanístico de boa qualidade e até com uma referência a valores paisagísticos do Rio, como o calçadão de Copacabana – disse o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sérgio Magalhães.

Entre as regras do concurso estava uma que determinou a necessidade 60% do terreno poder ser destinado à iniciativa privada. O restante será usado como Centro Olímpico de Treinamento e contará com instalações esportivas permanentes.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ainda não escolheu a modelagem para o terreno ser negociado com a iniciativa privada. Ontem, o político afirmou que um dos principais problemas no entorno do Parque Olímpico está próximo de ser resolvido: a remoção de uma favela.

AECOM TAMBÉM ESTÁ NA COPA DE 2014

No Brasil, na área esportiva, a Aecom conseguiu se associar a Recife na construção da Cidade da Copa 2014. Fundada na década de 90, nos Estados Unidos, a Aecom é especializada no fornecimento de serviços integrados de engenharia, design e gerenciamento de programas para os mais diversos tipos de mercados. E uma das diferenças entre os projetos do Rio e Londres é de o tempo de maturação do legado. No Brasil será de 30 anos, dez a menos do que os ingleses.

Fonte: O Povo Online

Conheça o plano da Vila Olimpica do Rio no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=JdLRuwczjwc

Estrutura da Vila Olímpica de Londres tem solução sustentável


Foto: Estádio Olímpico de Londres in: http://mapadelondres.org/2011/03/londres-obras-olimpiadas-2012-investimento
Visitei e achei muito interessante o projeto da Vila Olímpica de Londres, onde serão realizadas as Olimpíadas de 2012. Projetada pelo arquiteto Rod Sheard, o mesmo da sede olímpica de Sydney, a Vila encontra-se praticamente concluída e prevê a interligação do transporte ferroviário (nacional e internacional), hidroviário e aeroviário.

 Uma pessoa proveniente do Brasil, por exemplo, poderá chegar ao aeroporto, pegar um trem e descer na Vila Olímpica. Da mesma forma, poderá dali partir para diferentes destinos, inclusive outros países, seja de trem, barco ou avião.

Para atender os turistas, está sendo construído ao lado da Vila Olímpica o maior shopping de toda a Europa, o Westfield, com cinco andares e cerca de 270 estabelecimentos comerciais dentre lojas, serviços e praça de alimentação.

Para os jogos são aguardadas nove milhões de pessoas e, apesar do País já ter sediado duas Olimpíadas, fez-se necessário a construção de estádios ainda maiores para dar conta do público cada vez maior. O desafio foi criar uma mega estrutura sem que tornasse inútil após o evento.

Sustentabilidade

A solução encontrada pelos londrinos foi fazer a estrutura predominantemente desmontável, podendo ser novamente montada novamente em outro local, evitando os grandes “elefantes brancos”, como se denominam as construções que não tem utilidade após o seu uso.

Do meu ponto de vista, essa flexibilidade para futuras adaptações é a mostra mais contundente da preocupação ambiental que se está tomando, além disso, o projeto define-se como baixo emissor de carbono, uma das premissas da sustentabilidade.

O estádio onde acontece a abertura e algumas competições das Olimpíadas é a construção mais importante e após a competição servirá para sediar jogos de futebol, tendo capacidade para 80 mil pessoas. Seu custo foi de aproximadamente 830 milhões de dólares.

O custo total das obras ficou em aproximadamente R$ 30 bilhões, sendo as Olimpíadas mais cara da história!

Por: Francisco Molina
francisco@arqfine.com.br