segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cidade israelense reaproveita 100% da água


A cidade Tel Aviv consegue reaproveitar toda a água que consome. Parece utopia, mas é verdade. Na região, a água suja é destinada a um complexo de tratamento e é totalmente recuperada.
O esgoto é bombeado para dentro da terra e novamente retirado. Neste processo, ele é purificado ao passar por tratamentos físicos, químicos e biológicos. Tudo isso é feito na maior estação de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan.
Logo depois, a água percorre cerca cem quilômetros por dutos até chegar ao deserto de Neguev, neste ponto diversas plantações são irrigadas. Este local recebeu áreas agrícolas, que antes eram concentradas no centro do país.
O sistema, da companhia nacional de água de Israel, começou a ser instalado há mais de 30 anos. Provando que mudanças  de comportamente não acontecem da noite para o dia. O Shafdan é um exemplo para o resto do mundo de como um país que enfrenta escassez de água pode usar esse recurso de maneira sustentável, desde que as técnicas corretas sejam aplicadas.
A questão da água será um dos temas tratados na Rio+20. Uma das discussões baseia-se em um dado da ONU, que afirma que desde 1990, aproximadamente, 1,7 bilhão de pessoas passaram a desfrutar de água potável, entretanto ainda há mais de 880 milhões de cidadãos no planeta que não têm esse privilégio. Com informações do G1.
FOTOS:

 O sistema, da companhia nacional de água de Israel, começou a ser instalado há mais de 30 anos. Foto: Ana Paula Hirama (CC)
O sistema, da companhia nacional de água de Israel, começou a ser instalado há mais de 30 anos. Foto: Ana Paula Hirama (CC)

 A maior estação de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan. Foto: Avishai Teicher (CC)
A maior estação de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan. Foto: Avishai Teicher (CC)

 O Shafdan é um exemplo para o resto do mundo de como um país que enfrenta escassez de água pode usar esse recurso de maneira sustentável. Foto: Avishai Teicher (CC)
O Shafdan é um exemplo para o resto do mundo de como um país que enfrenta escassez de água pode usar esse recurso de maneira sustentável. Foto: Avishai Teicher (CC)
Redação CicloVivo

Arquitetos projetam torres que funcionam como oásis urbanos


Ter um oásis em meio às grandes cidades do mundo é um sonho de muitas pessoas. Um grupo de arquitetos que formam o projeto“Megatropolis” resolveu colocar no papel a ideia de uma área tranquila acima das cidades movimentadas e poluídas.

construção idealizada pelo grupo se inspirou na flor de lótus e em todos os conceitos que ela traz embutidos consigo. A flor é tradicionalmente conhecida por sua capacidade de crescer acima das águas. Mesmo que exista sujeira abaixo dela, ela consegue permanecer imaculada, graças às suas habilidade de auto-limpeza.
Assim também deve ser o City in the Sky, em português “Cidade no Céu”. A proposta é criar refúgios que estejam além da poluição, do barulho, do congestionamento e da correria das metrópoles. Para isso seriam construídas torres enormes, capazes de abrigar em sua superfície lagoas, gramados, bosques e grandes abrigos feitos em vidro e aço.
Ainda não existe previsão de que a estrutura seja construída. No entanto, com o auxílio de novas tecnologias é possível ter a dimensão exata de como seria flor de lótus gigante. Os projetos simulam a City in the Sky em Nova York, com altura superior aos grandes e tradicionais prédios da cidade norte-americana, e também em Londres.
Na capital inglesa a construção daria uma nova vida à tradicional e triste arquitetura da cidade, com torres que ultrapassam as nuvens, chegando o mais perto possível do céu. Ainda não se sabe quais seriam as medidas sustentáveis aplicadas à proposta e nem ao certo se o local seria utilizado como residência ou se funcionaria apenas como área de lazer.
FOTOS
Imagens: hrama
A proposta é criar refúgios que estejam além da poluição, do barulho, do congestionamento e da correria das metrópoles.

 Um grupo de arquitetos que formam o projeto “Megatropolis” resolveu colocar no papel a ideia de uma área tranquila acima das cidades movimentadas e poluídas. l Imagem: hrama
Um grupo de arquitetos que formam o projeto “Megatropolis” resolveu colocar no papel a ideia de uma área tranquila acima das cidades movimentadas e poluídas.

 A construção idealizada pelo grupo se inspirou na flor de lótus e em todos os conceitos que ela traz embutidos consigo. l Imagem: hrama
A construção idealizada pelo grupo se inspirou na flor de lótus e em todos os conceitos que ela traz embutidos consigo.

 A flor é tradicionalmente conhecida por sua capacidade de crescer acima das águas. Mesmo que exista sujeira abaixo dela, ela consegue permanecer imaculada, graças às suas habilidade de auto-limpeza l Imagem: hrama
A flor é tradicionalmente conhecida por sua capacidade de crescer acima das águas. Mesmo que exista sujeira abaixo dela, ela consegue permanecer imaculada, graças às suas habilidade de auto-limpeza

 Assim também deve ser o City in the Sky, em português “Cidade no Céu”. l Imagem: hrama
Assim também deve ser o City in the Sky, em português “Cidade no Céu”.

 Seriam construídas torres enormes, capazes de abrigar em sua superfície lagoas, gramados, bosques e grandes abrigos feitos em vidro e aço. l Imagem: hrama
Seriam construídas torres enormes, capazes de abrigar em sua superfície lagoas, gramados, bosques e grandes abrigos feitos em vidro e aço.

 Ainda não existe previsão de que a estrutura seja construída. No entanto, com o auxílio de novas tecnologias é possível ter a dimensão exata de como seria flor de lótus gigante. l Imagem: hrama
Ainda não existe previsão de que a estrutura seja construída. No entanto, com o auxílio de novas tecnologias é possível ter a dimensão exata de como seria flor de lótus gigante.

 Os projetos simulam a City in the Sky em Nova York, com altura superior aos grandes e tradicionais prédios da cidade norte-americana, e também em Londres. l Imagem: hrama
Os projetos simulam a City in the Sky em Nova York, com altura superior aos grandes e tradicionais prédios da cidade norte-americana, e também em Londres.

Com informações do Inhabitat.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

OS SETE PECADOS DA ROTULAGEM AMBIENTAL (“GREENWASHING”)

Todos os direitos reservados a TerraChoice Environmental Marketing Inc.
 
Pecado do Custo Ambiental Camuflado   
É uma declaração de que um Produto é “verde” baseado apenas em um conjunto restrito de atributos sem atenção a outras importantes questões ambientais. Papel, por exemplo, não é necessariamente ambientalmente preferível apenas pelo fato de vir de uma floresta plantada sustentavelmente. Outras importantes questões no processo de produção do papel, tais como a emissão de gases de efeito estufa ou a utilização de cloro no branqueamento do papel podem ser igualmente importantes.
 
Pecado da Falta de Prova
Uma declaração ambiental que não pode respaldada informação de suporte facilmente acessível ou por uma certificação de terceira parte confiável. Exemplos comuns são produtos como lenços de papel ou papel toalha, que declaram várias porcentagens de conteúdo reciclável pós-consumo, sem fornecer evidência.
 
Pecado da Incerteza
Uma declaração que é tão pobre ou abrangente que seu real significado provavelmente não será compreendido pelo consumidor. “Totalmente natural” é um exemplo. Arsênico, urânio, mercúrio e formaldeídos são de ocorrência totalmente natural, e venenosos. “Totalmente natural” não é necessariamente “verde”.
 
Pecado do Culto a Falsos Rótulos
Um produto que, através de palavras ou imagens, dá a impressão de endosso de terceira parte quando este endosso não existe; rótulos falsos, em outras palavras.
 
Pecado da Irrelevância
Uma declaração ambiental que pode ser verdadeira mas não é importante ou é inútil para os consumidores que buscam produtos ambientalmente preferíveis. “Livre de CFC” é um exemplo comum, já que é um apelo freqüente apesar do fato de que os CFCs estão banidos por lei.
 
Pecado do “Menos Pior”
Uma declaração pode ser verdadeira na categoria do Produto, mas que arrisca distrair o consumidor do maior impacto ambiental da categoria como um todo. Cigarros orgânicos podem ser um exemplo deste Pecado, tanto quanto veículos utilitários eficientes no consumo de combustível.
 
Pecado da Mentira
Declarações ambientais que são simplesmente falsas. Os exemplos mais comuns eram produtos falsamente declarados como sendo certificados ou registrados pela eficiência energética (“Energy Star”).
Fonte: http://www.abntonline.com.br/rotulo/EccoInfo.aspx

sábado, 10 de setembro de 2011

Setembro Verde acontece em SP

A Matilha Cultural promove o Setembro Verde com atrações de cinema, música, exposições, oficinas, eventos e debates de 03/09 a 02/10, em São Paulo.

Dentre os filmes estão: "Viver sem Dinheiro", "O Veneno está na mesa", "Efeito Reciclagem" e "Sobre a Água".

>>>> Download da programação.

Estudantes constroem casa sustentável em comunidade Navajo


O estúdio de arquitetura DesignBuildBLUFF é uma organização sem fins lucrativos que constrói casas ambientalmente corretas para moradores da comunidade Navajo, nos EUA. Os voluntários são alunos de arquitetura, engajados com as causas sociais e que estão abertos a ajudar as comunidades necessitadas.
Em 2009 o projeto construiu uma casa que ajudou uma família composta por cinco pessoas: a mãe e seus quatro filhos, que haviam conseguido fugir de um marido alcoólatra, mas não encontravam moradia ou emprego. Durante muito tempo eles moraram em uma cabana apertada, com apenas 4,5 metros de largura. Neste espaço havia as camas, um pequeno fogão e uma geladeira.
A realidade desta família foi transformada através da disposição de 18 estudantes voluntários, do curso de Arquitetura e Planejamento da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
A nova casa possui pouco menos de 92 metros quadrados e foi construída dentro de padrões sustentáveis, que a tornam eficiente e cooperam para uma melhor qualidade de vida dos moradores. O fogão a lenha instalado na casa possui sistema de reaproveitamento do calor para o aquecimento da residência, já que ela está localizada no deserto e por lá os invernos são rigorosos.
Para reduzir o consumo energético, os estudantes usaram sistemas de obtenção energética limpa para toda a casa. Painéis solares, por exemplo, foram instalados para esquentar a água e armazenar o calor do sol.
Toda a casa foi construída a mão pelos voluntários, que estudaram a sua disposição, de modo a tornar a residência mais eficiente diante das condições climáticas locais. Por isso, a construção não conta com aparatos tecnológicos e todo o seu projeto contou apenas com estudos sobre o sol, o uso da madeira e brises.
A estética da casa foi pensada seguindo os padrões culturais da Reserva Navajo, assim ela tem a aparência rústica de um celeiro. Outro cuidado dos arquitetos foi em relação ao nível entre a construção e o chão. Por isso, a residência possui um vão, de pouco mais de um metro, que permite a passagem da areia, ao invés de deixá-la sendo acumulada ao redor da parede quando os fortes ventos do deserto sopram. Esse espaço também incentiva a ventilação natural.
O exterior da casa conta com materiais de origem reciclada, como é o caso dos postes de madeira, do revestimento em folhas de alumínio e dos pallets reconstruídos. Para finalizar, a pintura foi feita utilizando tinta natural feita de barro. Com informações do ArchDaily.
 
Fonte: Redação CicloVivo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como obter o selo Casa Azul

Mais uma certificação está acessível no mercado da construção civil: o Selo Casa Azul da Caixa. As construturas que atenderem os 19 critérios mínimos poderão obter facilidades no financiamento bancário além de terem o imóvel classificado como sustentável.

A cartilha é didática e oferece todas as informações necessárias para quem quer construir sem destruir o meio ambiente.

Faça o download >>>


Cartilha ensina a gerenciar os resíduos sólidos da construção

A cartilha "Gerenciamento de Resíduos Sólidos para a Construção Civil", elaborada pelo SINDUSCON-MG, contribui para a destinação adequada dos resíduos sólidos provenientes dessa que é uma das atividades que mais degrada o meio ambiente. Na publicação são abordados: a gestão dos resíduos sólidos da construção civil no município de Belo Horizonte, classificação, roteiro para gerenciamento de resíduos, desafios e resoluções estabelecidas pelo CONAMA.

Faça o download >>>

Madeira: uso sustentável na construção civil

As publicações "Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil" e "Seja Legal" são dois importantes materiais para ajudar o setor da construção civil e todos os que utilizam a madeira de uma forma geral a usá-la de forma sustentável sem a destruição de nossas florestas.

Ambas foram produzidas com parceria da WWF.

O manual destaca a importância da incorporação de espécies alternativas de madeira empregada nas atividades da construção civil para minimizar os impactos ambientais.

Faça o download >>>
Seja Legal mostra opções para quem deseja eliminar a ilegalidade na cadeia produtiva da madeira e adotar o consumo de produtos com a certificação FSC. 
Comprando um móvel com o selo FSC, o consumidor tem a certeza de estar adquirindo um produto fabricado com obediência às leis de defesa do meio ambiente e à legislação trabalhista vigente.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Arqfine Sustentável no BedZed








Objetivos do BEDZED

• Eliminar as emissões de carbono por consumo de energia
• Reduzir o uso de eletricidade em 33% em relação à média do Reino Unido (14 kWh/pessoa/dia)
• Reduzir em 33% o uso do sistema de aquecimento em relação à média do Reino Unido (14,1 kWh doméstico/dia)
• Reduzir em 33% o uso de água em comparação à média do Reino Unido (150 litros/pessoa/dia)
• Reduzir o uso de combustível fóssil por carros em 50%
 

Resultados


 • Redução das emissões de CO2 em 56% (em comparação com a média local)
• Redução de 45% no uso de energia elétrica (em comparação com a média local)
• Redução de 81% no consumo de energia para aquecimento
• Redução de 58% no consumo de água (em comparação com a média nacional), equivalente a 72 litros/pessoa/dia
• Redução de 64% nos quilômetros rodados de carro (em relação à média nacional)
• Reciclagem de 60% dos resíduos
• Consumo de alimentos orgânicos por parte de 86% dos moradore

Instituições envolvidas

• BioRegional Development Group
• Bill Dunster Architects
• Peabody Trust
• Arup
• Consultores Gardiner e Theobald

Fontes

http://www.bioregional.com/what-we-do/our-work/bedzed/
http://sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/bedzed-promoting-green-living
http://www.bioregional.com/files/publications/BedZED_seven_years_on.pdf

BedZed: Um bairro que é exemplo de sustentabilidade urbana

Mais um exemplo de que é possível promover a ocupação dos espaços urbanos de um modo planejado e mais que isto, sustentável. Esta experiência bem sucedida, iniciada em 2002, apresenta soluções relativamente simples, cuja implementação não representa custo astronômico, e como poderá se ver no artigo, tem produzido benefícios não só no aspecto ambiental, como no social.
Nada mais coerente em um mundo preocupado com o aquecimento global do que condomínios pensados desde a construção em causar menos impacto ao meio ambiente. No Reino Unido, o BedZED, ou Beddington Zero Energy Development (Empreendimento de Energia Zero), é o modelo líder em sustentabilidade urbana. Desenvolvido pela maior incorporadora inglesa, a Peabody Trust, em conjunto com um grupo especialista em meio ambiente chamado BioRegional, o BedZED foi desenhado e concebido pelo arquiteto Bill Dunster.
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O sucesso é tanto que o grupo de arquitetos tem feito projetos para vários outros países, como China, Portugal e França. “Todos têm zero ou baixa emissão de carbono, mostrando ser rentável e moderno viver de forma ecológica em qualquer parte da Terra”, diz Erika Rees, do time de arquitetos.
O bairro começou a ser habitado desde 2002, seguindo uma filosofia de composição heterogênea dos seus residentes: cerca de 1/3 dos habitantes pertence às classes mais desfavorecidas, 1/3 pertence à classe média e o outro terço à classe alta, entre os quais se encontram alguns dos que projetaram e financiaram o BedZED. Os resultados têm sido muito bons, com as populações mais carentes se integrando totalmente na vida social e à filosofia ecológica do bairro.
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Desde o começo, o empreendimento londrino foi feito como manda a cartilha da sustentabilidade: com material de construção comprado perto da área a ser erguida, uso de materiais reciclados e mão-de-obra local. “Não existe diferença entre esse projeto e uma casa normal. A não ser pela vontade de fazer assim”, frisa o próprio Bill Dunster.
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Hoje, 220 pessoas vivem nas 100 unidades do condomínio, localizado em Sutton, a 20 minutos de trem de Londres. Inicialmente eram 82 apartamentos e os demais eram escritórios. A idéia de trabalhar ali, contudo, parece não ter sido tão aprovada no dia-a-dia e logo os escritórios se converteram em novas moradias, de um a quatro dormitórios. “Embora à primeira vista não se note muita diferença com relação às casas comuns, com um pouco mais de atenção, começamos a reparar nos detalhes que tornam única essa ecovila”, comenta Mathew Sullivan, o guia responsável por explicar os princípios do empreendimento aos incansáveis visitantes. Mais uma prova de que o interesse por moradias sustentáveis cresce.
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O sistema está baseado em técnicas simples e comprovadas para minimizar o consumo de energia. A Inglaterra tem um inverno rigoroso e todas as casas pedem aquecimento, o que representa um alto consumo de energia e gastos mensais. Nesta vila, as casas foram construídas para se manter a 18 ºC. Os materiais usados na construção, principalmente nas paredes, conservam e liberam vagarosamente o calor. As paredes foram feitas com isolantes térmicos entre duas camadas de concreto. Outra forma de aquecimento vem do uso da casa. Forno, TV, pessoas – tudo libera uma quantidade de calor, que, em vez de ser desperdiçada, fica retida por um supersistema de isolamento.
No verão, basta abrir as janelas para o ar circular. E os grandes e coloridos ventiladores que se vêem nos telhados mantêm uma circulação inteligente (refrescam no verão e usam a pressão do vento para intensificar o aquecimento no inverno).
Com essas técnicas, o consumo de energia para aquecimento é somente 10% do que gasta uma casa normal. O que se usa vem de fontes renováveis, proporcionando energia “neutro-carbono”. Como? Dentro do condomínio, uma unidade abastecida por refugos de madeira fornece a energia elétrica para todos os apartamentos. O calor desse processo gera água quente. Falando em água, a coleta das chuvas utilizando os telhados é usada para a descarga nos banheiros. Essa medida e outras, como máquina de lavar roupa com baixo uso de água e sistemas de descarga reguláveis nos vasos sanitários, fazem com que a média de uso de água no BedZED seja de 60 litros por dia por pessoa. Para ter uma idéia da diferença, no Reino Unido o gasto médio por pessoa é de 150 litros.

Resumo das vantagens

Menos impacto ao meio ambiente, menores gastos de água, luz e gás. No condomínio londrino, há ainda outros atrativos. Um quarto das residências é subsidiado pelo governo britânico, fornecendo casa a quem não tem condições financeiras. Outro quarto delas é destinado ao que se chama de social workers, ou profissionais indispensáveis para uma boa comunidade, como professores, médicos, bombeiros etc. (eles conseguem preços bem mais acessíveis para as moradias).
A metade das residências, vale dizer, interessou pela possibilidade de um bom investimento, por se tratar de um conceito novo e promissor. Custaram em torno de 15% mais que a média da região. Um apartamento de dois quartos, por exemplo, sai por volta de 250 mil libras, ou 875 mil reais. (O mercado imobiliário inglês é um dos mais caros do mundo.) Nesse momento, não há unidade à venda, mas uma fila de pessoas em espera indica que, caso alguém deixe o local, a venda será imediata.

Clube do carro

Atualmente, 49% dos moradores fazem uso da bicicleta como meio de transporte. O trem, um hábito cultural na Inglaterra, também é bastante utilizado. Há ainda sistemas de abastecimento elétrico para veículos e um Clube do Carro. O morador se inscreve e recebe um cartão. A partir daí, agenda o carro quando precisa (há estacionamentos em vários pontos da cidade), utiliza e devolve no estacionamento, pagando de acordo com o tempo de uso.
Embora qualquer pessoa possa ser membro, os moradores do BedZED tiveram incentivo inicial para pagar uma anuidade mais barata.
Esse mundo particular só cresce. Os arquitetos já divulgam as casas pré-fabricadas dentro desse conceito. O Rural ZED (www.ruralzed.com), como foi batizado, permite comprar uma casa completa como se fosse um kit ZED a ser instalado em seu terreno.
E estão para ser lançados novos empreendimentos: o One Brighton, o Riverside One, com 750 residências, além de hotel, cafés, escritórios e lojas, e o One Gallions, com 260 apartamentos. Todos com a bandeira do zero carbono.
Fonte: Lufe Gomes para a Revista Bons Fluidos (Posted on 22.12.2008 by Xico Lopes)